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18 de junho de 2015

Daniel Kravchychyn, técnico e vendedor da HM - 1950

Do álbum do Danilo no Facebook, foto mostra o pai dele, seu Daniel Kravchychyn dirigindo um furgão das lojas Hermes Macedo, de quando ali trabalhava como técnico e vendedor de máquinas de costura nos anos 1950. 

Pioneiro mourãoense, seu Daniel faleceu em outubro de 2012.

As Lojas Hermes Macedo, ou simplesmente Lojas HM (1932 - 1997), foi um dos maiores grupos empresariais do comércio varejista do estado do Paraná e do Brasil, com sede em Curitiba.

Daniel Kravchychyn - 1950

20 de maio de 2015

Doutor Garcia - 1932 * 2015

Interessante como não conhecemos de verdade algumas das pessoas com as quais convivemos. Quando nossa cidade era realmente pequena, nos anos 1960/70, eu pensava que conhecia todos os moradores locais. Se fosse um médico então, ele praticamente era um membro da família. Bastava uma única consulta para tanto.

Lendo o site Boca Santa, do jornalista Sid Sauer, fiquei sabendo da morte do doutor Garcia, um dos fundadores do hospital Policlínica de Campo Mourão. Lembrava bem dele e sabia dessa ligação com o hospital mourãoense, mas não sabia de muitos detalhes de sua vida que foram registrados num obituário da Gazeta do Povo. Não sabia que era nascido no Paraguai e nem lembrava que tinha sido vereador por aqui, por exemplo.     

Leiam abaixo a matéria da Gazeta do Povo e vejam que bela história construiu o pioneiro mourãoense:


Jorge Elizardo Garcia Árias: meio século dedicado à medicina

A força de vontade e o espírito pioneiro do médico Jorge Elizardo Garcia Árias possibilitaram a abertura da Policlínica de Campo Mourão, no Centro-Oeste do Paraná, em 1960. Ele atuou como médico e administrador, até a década de 1980, no espaço que foi considerado o primeiro grande hospital da região. Desde menino sonhava em ser médico. Em 57 anos de dedicação à medicina, o doutor Garcia, como era conhecido, era famoso por honrar seu juramento a Hipócrates.

Nunca negou atendimento para os que não podiam pagar por uma consulta ou tratamento, lembram-se os filhos. As 24 horas eram repletas de atendimentos, partos e cirurgias. Era um médico generalista. Doutor Garcia também se deslocava para as cidades vizinhas quando surgia uma emergência. Não importava a hora e o dia da semana. Muitas foram as vezes que o telefone tocou ou o chamaram no portão de casa durante a madrugada ou nos fins de semana.

O filho Marcelo conta que certa vez o pai tratou de um paciente que precisava de transfusão de sangue imediata. Como o tipo sanguíneo não estava disponível e era o mesmo de Garcia, o médico não pensou duas vezes diante da gravidade do caso e fez a coleta do seu próprio sangue para realizar a cirurgia de emergência. O importante era salvar o paciente.

Nascido no distrito de Villarrica, no Paraguai, em 1932, ficou órfão de pai durante a Guerra do Chaco, conflito armado entre Paraguai e Bolívia. O pai era professor e entregou a vida em favor do seu país. O conflito se estendeu até 1935. Ao saber a guerra deixou muitas crianças sem os pais, Manoel Ribas, que era governador do Paraná, selecionou os alunos com as melhores notas em cada província do Paraguai e deu bolsa de estudo no antigo Colégio Partenon, em Curitiba.

Garcia foi selecionado e chegou a capital paranaense aos 9 anos. Deixou a mãe e uma irmã no país vizinho. Tornou-se aluno interno do ginásio e realizou o Científico –que se assemelha ao Ensino Médio – no Colégio Estadual do Paraná. Mesmo com a distância da terra natal e as saudades da família, o menino, que sonhava cursar Medicina para ajudar os mais necessitados, não esmoreceu.

Com dedicação, foi aprovado no primeiro vestibular que prestou para a Universidade Federal do Paraná (UFPR), na década de 1950. Entre aulas e plantões, atuou como professor em um cursinho pré-vestibular. Ele incentivava os estudantes de origem humilde, assim com ele, a se concentrarem nos estudos e prosperar. Deu certo.

Era um período fértil de novas ideias e pensamentos, fez amizade com imigrantes de diversas origens, assim como jornalistas, advogados, políticos e empresários. Tornou-se colaborador do jornal O Estado do Paraná, e defendia causas sociais e econômicas do Paraná. Sua atuação foi reconhecida pelo Clube Curitibano, que acolheu o paraguaio naturalizado brasileiro como um dos seus membros.

Durante a graduação, Garcia namorou uma das filhas de um imigrante alemão. A moça estudava Odontologia na UFPR. Após a formatura, em 1958, eles se casaram e foram morar em Campo Mourão, onde ele abriu um consultório médico. Eles se separaram em 1976. Para se aperfeiçoar, Garcia fez residência na Santa Casa de Misericórdia de Santos (SP). Também atuou na Santa Casa de Umuarama.

Além da construção da Policlínica em Campo Mourão, doutor Garcia teve um papel importante na sociedade mourãoense. Adquiriu propriedades na região e foi reconhecido pela produção de soja e pecuária em duas fazendas-modelo mantidas em Peabiru e Palmital, respectivamente. Sua liderança nata entre os produtores de leite fez com que se tornasse membro-fundador da Cooperativa Agropecuária Mourãoense (Coamo), criada em 1970. Também foi vereador e investidor no agronegócio, mas optou em passar seus dias se dedicando à saúde.

Em 2002, conta a família, demonstrou o profissionalismo ao perceber que iria sofrer um enfarte enquanto operava um paciente. Primeiro salvou o paciente, depois foi cuidar de si. Manteve o trabalho no consultório até 2009. Era o momento de se aposentar. Veio morar em Curitiba para ficar perto dos filhos. Teve outro enfarte, em 12 de maio, e não resistiu. Deixa três filhos, Marcelo, Heloísa e João Carlos, o genro Donizetti Dimer, a nora Andreza, e a neta Ana Luisa.

25 de fevereiro de 2015

O Tio da Raspadinha


Do álbum da Fátima Albuquerque, foto mostra um personagem mourãoense que me acompanhou por anos em minhas passagens pelas escolas primárias e secundárias: O 'Tio' da raspadinha

Envergonhado, reconheço que não lembro do nome dele - ou será que nunca soube - só o chamava por tio ou Seu Zé, sempre de maneira respeitosa, exatamente como ele tratava a todos os alunos do Marechal Rondon e do Colégio Estadual de Campo Mourão, minhas duas primeiras escolas.

Atencioso, todas as manhãs lá estava o 'Tio' servindo sua deliciosa raspadinha, que surgia de um enorme bloco de gelo e era coberta com deliciosos xaropes doces. Eu pedia para misturar tudo, groselha, uva e o que tivesse. Até fiado ele nos atendia. 


Durante anos fiquei com a impressão que ele se multiplicava ou tinha um gêmeo. Saia do Estadual, comprava uma raspadinha, vinha namorando pelo caminho e já o encontrava no Rondon. Ninja ele...  

Prometo pesquisar para contar mais sobre ele. Alguém me disse que conhece parentes dele, preciso apenas me lembrar quem... Maldita memória e falta de organização minha! 

Não é legal como personagens marcam nossas vidas para sempre? Pena não termos a sabedoria de nos aproximar deles quando temos tempo.  

13 de fevereiro de 2015

Roberto Figueiredo, 80 anos. Viva!!!

Amigo querido, o Robertão Figueiredo está comemorando 80 anos muito bem vividos. Quero parabeniza-lo e desejar muitos e muitos anos de vida, sempre com muita saúde, paz, amor e derrotas do seu 'Curíntia' (hehehe).

Na foto, ele aparece ao lado dos filhos Rosana, Ricardo e Rui e das noras Gilda e Patrícia. Parabéns Robertão!!!

Gilda Dolci, Roberto e Ricardo
Rosana, Patrícia Zagoto e Rui, todos eles Figueiredo 

8 de setembro de 2014

Zé, o danado do filho da Dona Lurdinha Marmontel, nos enche de orgulho

Reproduzo matéria veiculada no site CRN1 para demonstrar meu orgulho pelas conquistas do amigo Zé Marmontel. Leiam e veja se tenho ou não razão de me orgulhar do mourãoense. 



Filho de família pioneira de Campo Mourão, o professor José Nogueira Marmontel Neto, que leciona na unidade local do Colégio Sesi, foi recentemente aprovado para atuar como tradutor de vídeo de aulas de matemática da consagrada Khan Academy, dos Estados Unidos. A instituição norte-americana foi a precursora das aulas via internet e tem o próprio Bill Gates – um dos fundadores da maior e mais conhecida empresa de software do mundo - como investidor.

Marmontel foi comunicado da aprovação há poucos dias e deverá participar, primeiramente, de uma capacitação para uso de mesa digitalizadora utilizada no trabalho de tradução dos vídeos educacionais. A Khan Academy é uma organização sem fins lucrativos que tem como objetivo mudar a educação para melhor, fornecendo educação de alta qualidade para todos, em qualquer lugar. A instituição tem milhões de alunos no mundo inteiro que aprendem no seu ritmo próprio a cada dia.

Google

Mas a aprovação como tradutor da renomada academia dos EUA não foi a única boa notícia recebida nos últimos dias pelo professor mourãoense. José Nogueira Marmontel Neto também foi convidado para um curso de aperfeiçoamento no escritório do Google, em São Paulo, com a finalidade de melhorar índices de audiências e inscrições no canal de vídeo de aulas que possui. O curso está marcado para o próximo dia 18 e o canal do professor José Nogueira estará, em breve, veiculando aulas produzidas no estúdio da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep).

O docente ressalta que a aprovação com tradutor da Khan Academy e o convite do Google “certamente irão alavancar o projeto de vídeo aulas do qual estou participando, com apoio do próprio Sesi”, explica.

30 de setembro de 2013

Tio Miguel reúne a turminha para comemorar seus 93 anos

Tio Miguel com a esposa Iria
Aqueles que o conhecem bem têm vários adjetivos para defini-lo, que vão do bom companheiro, exemplo, otimista, altruísta, grande pai de família e muitos outros. Eu que quase não tive contato pessoal com ele tenho essa mesma visão, a de um homem que merece ser admirado e tido como exemplo. Claro que estou falando do Tio Miguel (Miguel Antunes de Oliveira), grande 'mourãoense' que nesse final de semana reuniu amigos para comemorar os seus 93 anos, muito bem aproveitados, de vida. 

Gostei muito de ver o seu Sérgio Panceri entre os que homenagearam o pioneiro mourãoense!  

Flavinho Gurginski, Cézão Bronzel, Sérgio Panceri, Tio Miguel e Adelmo Correia de Araújo
Clique nas imagens para ampliar e ver a turminha boa que o Tio Miguel reuniu na comemoração. 

(da esq. para a direita) Sérgio Rebeis, Tio Miguel, Cézão Bronzel, Flavinho Gurginski, Adelmo Correia de Araújo, Henning Baer e Luciano Ayres



26 de agosto de 2013

Morre doutor Rubens Sartori, o “Doutor da Bola”

Da Coluna do Ely:

Rubens Luiz Sartori - 1953 - 2013
O promotor aposentado, advogado, professor e comentarista político e esportivo, Rubens Luiz Sartori, 59 anos, morreu pouco depois das 19h de domingo (25). Ele se recuperava em casa de um AVC (Acidente Vascular Cerebral). 

Momentos de sua vida política
Uma das paixões de Rubens Sartori, foi a política. Desde jovem se destacava nos Grêmios Estudantis. Em 1974, com apenas 20 anos, ele já aparecia nos palanques do “velho MDB” ao lado de políticos importantes do partido. Foi um dos fundadores do MDB em Campo Mourão.

Na eleição de 1976, Sartori saiu como vice de Luiz Gonzaga de Oliveira. Aquele pleito foi vencido por Augustinho Vecchi. 

à direita, ao lado do radialista Anísio Morais
Outras paixões de Sartori era pescar e participar dos programas de rádio fazendo comentários políticos e de futebol. No esporte acabou ganhando o apelido de “Doutor da Bola”. Não dispensava uma prosa com chimarrão e cultuava as tradições gaúchas.

No centro da foto, Sartori comentava futsal pela Rádio Rural AM, ao lado de Luizinho F. Lima, Gerson Maciel, Carlos Roberto Soares e Luiz Claudio Vieira de Moura

Rubens Luiz Sartori foi diretor da Faculdade Estadual de Ciências e Letras de Campo Mourão. A instituição suspendeu as atividades administrativas e acadêmicas nesta segunda-feira (26) e decretou luto por 3 dias.

Natural de Santa Catarina, Sartori morava em Campo Mourão desde os 4 anos. Advogado, formado pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), foi professor na Unespar/Fecilcam em 1977 quando a instituição era chamada de Facilcam. 

Esteve à frente da direção entre 2001 e 2005. Antes disso, respondeu como vice-diretor entre 1997 e 2001.

Em sua trajetória acumula a participação na fundação da União Mourãoense de Estudantes Secundários (UMES), e da Academia Mourãoense de Letras entidade na qual foi o primeiro presidente.

10 de dezembro de 2012

Mike Mattos, um mourãoense na terra da garoa

Mike Mattos - São Paulo/2012
O mourãoense Mike Mattos mora e ganha a vida atualmente em São Paulo, onde atua como radialista, humorista e cartunista.

Filho de Janda e Carlos Mattos (in memorian), Mike trabalhou nas Rádios Humaitá AM, Rural e Musical FM em Campo Mourão antes de fazer sucesso na terra da garoa.

Fotos, que filei do Facebook dele, mostra ele se divertindo no carnaval de 1990 no Country Clube de Campo Mourão e outra, dos dias de hoje, fazendo cara de mau no trânsito paulistano. Clique nelas para ampliar.

Mike Mattos e Elza Frozza - Country Clube de Campo Mourão/1990

28 de novembro de 2012

João Emílio - 1938 * 2012

João Emílio - 1938 * 2012
Segundo o Itamar Tagliari, o seu João Emílio era o maior apaixonado por esportes em Campo Mourão. Tanto que  por anos ele comandou a equipe de futebol de campo do Estrela EC, quase sempre tirando dinheiro do próprio bolso para viabilizar jogos da equipe.

Seu João Emílio, registrado como João da Silva Alves, faleceu nesta terça-feira, dia 27, em Campo Mourão, aos 74 anos. Ele comemorou aniversário na segunda-feira.

Apaixonado também por música, exímio tocador de gaita, seu João Emílio contou em entrevista ao jornalista Ely Rodrigues que certa vez ganhou na loteria e investiu toda a grana na produção/gravação de um disco de um trio formado por ele e parentes do ex militar Roque de Freitas. "Não deu muito certo, mas não me arrependo' afirmou seu João Emílio. 

Foto mostra seu João Emílio recebendo homenagem no Programa Tocando de Primeira, do jornalista Ilivaldo Duarte.

30 de setembro de 2011

Estefano Domanski, primeiro Afaiate de Campo Mourão

Reproduzo bela matéria do Blog do Wille Bathke Júnior, que conta um pouco da história de um pioneiro mourãoense: Estefano Domanski.

Estefano Domanski
O alfaiate Estefano Domanski nasceu em Rio Claro do Sul – PR, e chegou a Campo Mourão em 1950, casado com Assumpta Domanski.
Assunpta e Estafano Domanski

Adquiriu terreno na Rua São Paulo, onde construiu casa de madeira e instalou a Alfaitaria Santo Antonio, espeacilizada em confecções finas de roupas em tergal e nycron, de acordo com a moda da época. Um terno custava então Cr$ 250, 00 (duzentos e cincoenta cruzeiros).

Muitos foram os noivos, autoridades e classe alta, pessoas vestidas com esmero pelo seu Domanski, um homem atencioso e afetuoso que trata a todos com ímpar simpatia, a exemplo de dona Assumpta que, além de cuidar do lar e dos filhos, o ajudava a alinhavar e confeccionar as encomendas de roupas sob medida.
Estefano Domanski e Antonio Fuchs (in memorian) - 1959

“Quando chegamos, Campo Mourão era uma vila agitada pelo martelar dos carpinteiros dia e noite, pela chegada de outras famílias e aventureiros. A Rua São Paulo era despovoada, a nossa casa de madeira de primeira, coberta de telhas e com vidraças foi uma das primeiras que fizemos na ‘rua dos bancos’ de Campo Mourão."


A empresa caseira cresceu. A madeira foi substituída por alvenaria, e a primeira alfaitaria de Campo Mourão ganhou o moderno nome de Magazine Santo Antonio, com trajes completos a seus clientes que permanecem fiéis à  ‘melhor tesoura’ do coração do Centro Oeste Paranaense.

“Quando construí na Rua São Paulo, em frente à minha casa surgiu a primeira residência de alvenaria de Campo Mourão, de propriedade do primeiro secretário municipal, o amigo Casemiro Biaico. Eu me lembro que o tratorista, seu Damião, que veio de Curitiba, falava zoando o Biaico que, as báias (estábulos) do Prado de Curitiba (hipódromo) eram mais bonitas que a casa dele."

"Só podia ser inveja, porque muita gente vinha de longe ver como era uma moradia construída de tijolos, coisa nunca antes vista por aqui... (rindo).