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9 de março de 2017

Matéria sobre reutilização de garrafinhas plásticas motiva nota de fabricante ao blog

No último 31 de janeiro compartilhei aqui no BAÚ uma reportagem do site eCycle, com o título Descubra os problemas de beber a água deixada em cima do criado-mudo ao longo da noite, no qual são apontados vários problemas ao se reutilizar as garrafinhas plásticas, aquelas de água mineral. Nesta quarta-feira, dia 8, recebi um e-mail do presidente da Plastivida, senhor Miguel Bahiense, afirmando que a matéria apresenta uma série de incorreções e traz desinformação aos leitores (ver a íntegra da nota abaixo).

Como leigo no assunto e preocupado sempre com a saúde, fico ainda mais na dúvida após a nota do presidente da Plastivida. De qualquer forma, evito sempre a reutilização dessas garrafinhas de água mineral. Aqui o sistema é: Usou, segue para o lixo reciclável


Leiam a íntegra da nota da Plastivida: 

Foi com extrema preocupação que a Plastivida tomou conhecimento da matéria: “Descubra os problemas de beber a água deixada em cima do criado-mudo ao longo da noite”, publicada em 31/01. A matéria contém uma série de incorreções sobre os plásticos e seus componentes, trazendo desinformação ao leitor e expondo, assim, a sociedade a informações infundadas e alarmistas.

A Plastivida esclarece que o Bisfenol-A (BPA) não é uma substância presente em todos plásticos, mas está presente apenas no Policarbonato. Assim, não tem qualquer relação com os diversos produtos fabricados com outros tipos de plásticos usados em utensílios para bebês, garrafas, embalagens de alimentos, utensílios de cozinha, pratos, talheres plásticos, copos, filmes plásticos, potes de freezer e microondas (“tupperwares” e similares), entre outros.

A matéria causa grande confusão na relação do BPA com produtos plásticos, que são atóxicos, inertes e seguros. Ela termina por levar desinformação quanto ao tema o que gera preocupação desnecessária à população, que se vê envolta de dúvidas que sequer deveriam existir. Do ponto de vista da indústria gera extremo desconforto, pois termina por denegrir a imagem de um produto tão fundamental na vida das pessoas como os plásticos, ou seja, é um desserviço ao consumidor.

Existem inúmeros estudos científicos que esclarecem que o BPA é uma substância segura. Nos Estados Unidos, as embalagens de plásticos que entram em contato com alimentos são rigidamente regulamentadas pela Food and Drug Administration (FDA). No Brasil, a mesma preocupação de se garantir produtos seguros aos consumidores se dá por meio de regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que aprova o uso de embalagens plásticas para diversas aplicações, conforme a Resolução RDC 105, de maio de 1999, que diz: “Regulamenta as embalagens e equipamentos, inclusive revestimentos e acessórios, destinados a entrar em contato com alimentos, matérias-primas para alimentos, águas minerais e de mesa, assim como as embalagens e equipamentos de uso doméstico, elaborados ou revestidos com material plástico”. Esse processo se repete em diversos países.

A Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (European Food Safety Authority – EFSA) publicou em janeiro de 2015 o estudo científico mais recente sobre os riscos à saúde humana decorrentes da exposição ao BPA afirmando que, nos níveis atuais de exposição, o BPA não apresenta riscos à saúde humana para grupos de diferentes faixas etárias, incluindo recém-nascidos, crianças e adolescentes. Além disso, salienta-se que em 2012 o FDA (U.S. Food and Drug Administration) rejeitou a solicitação de ambientalistas para proibir o uso de BPA em embalagens alimentícias.

Cientes das suas responsabilidades, a indústria e os fabricantes nacionais de mamadeiras, chupetas e produtos afins atenderam de pronto a determinação da ANVISA que, em 2012, baseada no “Princípio da Precaução”, proibiu a comercialização de mamadeiras e afins fabricadas com Policarbonato, pela questão do BPA, a despeito de acreditar na segurança do policarbonato e sua composição. Vale mencionar que não existia, na época, qualquer comprovação científica de riscos a saúde. Hoje, novos estudos científicos apontam a segurança do BPA e acreditamos até que possa chegar o momento de se rever a proibição, mas até lá o setor segue, como sempre, cumprindo as especificações de segurança da ANVISA.

Entendemos, dessa forma, que é incompreensível que tais questionamentos sobre os produtos plásticos, e mesmo ao BPA, ignorem os extensos e profundos estudos científicos de anos de pesquisas. Elas são entidades sérias e extremamente conceituadas, responsáveis pela comprovação da segurança dos materiais e produtos por elas regulamentados.

Em resumo, embalagens e produtos que entrem em contato direto com bebês, crianças e adultos, independentemente da sua matéria prima, são avaliados e regulamentados pelos órgãos responsáveis, que atestam sua segurança à saúde humana. Os plásticos não fogem à regra e são largamente utilizados, pois trazem benefícios às pessoas – economia, proteção ao alimento, à água, oferecem segurança, higiene, bem estar e qualidade de vida.

A Plastivida trabalha para que as informações corretas sobre o plástico, seu uso responsável e descarte adequados cheguem à população, para que ela tenha a certeza de que os plásticos oferecem importantes benefícios, especialmente na qualidade de vida das pessoas. Sendo assim, solicitamos espaço neste portal para esclarecer os mitos e fatos aqui expostos a respeito dos plásticos, considerando o respeito ao leitor acima de tudo.

Miguel Bahiense
Presidente
Plastivida

31 de janeiro de 2017

Descubra os problemas de beber a água deixada em cima do criado-mudo ao longo da noite

O velho hábito pode não ser tão inocente quanto aparenta. Entenda


A sede é um alerta natural de que o corpo está ficando desidratado. Quando excessiva, ela pode levar médicos a chegarem a diversos diagnósticos, contudo, na grande maioria das vezes, a sede é uma reação normal. À noite muita gente tem uma necessidade ainda maior de beber água, justamente naquele momento de maior preguiça. E qual a solução que muitos adotam? Levar um copo com água para deixar em cima do criado-mudo. Essa prática tão simples não aparenta representar qualquer perigo, mas não é bem assim.

Um estudo feito pelo doutor Kellogg Schwab, do instituto da Água da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, constatou que um grande contingente de bactérias que fica concentrado no copo e vai se reproduzindo mais e mais ao longo da noite. O fenômeno acontece devido o resfriamento do líquido em temperatura ambiente. A maioria das bactérias se prolifera com maior eficiência quando o ambiente fica mais quente e, ao colocarmos a boca no copo, adivinha para onde elas vão?

Muitos devem estar pensando que uma solução plausível seria levar uma garrafinha PET no lugar do copo. Porém, essas garrafinhas não são próprias para reutilização... Até seus fabricantes recomendam o descarte após o uso.

As garrafas têm interior úmido, fechado e com grande contato com mãos e boca - ambiente perfeito para reprodução de bactérias. Um estudo realizado a partir de 75 amostras de água das garrafas que alunos do ensino básico utilizaram durante meses, sem jamais as lavarem, descobriu que cerca de dois terços das amostras apresentavam níveis bacterianos acima dos padrões recomendados. A quantidade de coliformes fecais (bactérias provenientes das fezes dos mamíferos) foram identificadas acima do limite recomendado em dez amostras das 75 estudadas. As garrafas não lavadas funcionam como criadouro perfeito de bactérias - veja mais em "Descubra os perigos de reutilizar sua garrafinha de água".

Bem, existe outro problema relacionado a essas garrafas: é o Bisfenol A (BPA), um composto utilizado na produção de plásticos e resinas. Um estudo realizado pela Universidade de Harvard, nos EUA, colocou um grupo de pessoas utilizando garrafas plásticas com esse material por uma semana e encontrou um aumento dos níveis de BPA na urina em cerca de 60%. Outro estudo da Universidade de Cincinnati descobriu que ao lavar as garrafas com água quente, o processo de lixiviação foi acelerado, ou seja, o BPA se desprendia mais facilmente do material plástico. O BPA pode causar diversos tipos de problemas relacionados a hormônios - entenda mais em "Você sabe o que é BPA? Conheça e previna-se".

Portanto, o melhor a se fazer é colocar água numa garrafinha específica para isso, como aquelas feitas de vidro ou aço inox, e que devem ser higienizadas regularmente... Ou levantar da cama e beber água em um copo limpo.
[ eCycle ]