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25 de setembro de 2017

No alojamento mourãoense dos Jogos Abertos do Paraná de 1980, em Apucarana

01- Birão Rodrigues, 02- Rosemi Tomadon, 03- Neucir José da Silva (in memorian), 04- Marilei "Nonô" Zanini, 05- Marcelo de Oliveira Lima, 06- Luiz Carlos Eufrásio Prates, 07- Neiva Eufrásio Prates, 08- Ana Eufrásio Prates, 09- Walcir "Dula" Ferreira Lima, 10- Ricardo Kosuzi, 11- Adilson Pagan, 12- Ubiraci Rodrigues, 13- Luizinho Ferreira Lima, 14- Silvia Helena Cavalcanti, 15- Sulei, 16- Roberto Tonet, 17- Nair Mayume Tanaka, 18- Sônia Eufrásio Prates, 19- Beth Vicente, 20- Aida Sartor, 21- Itamar Tagliari, 22- Jonas Rodrigues, 23- Sandra Montemezzo, 24- Paulo Gilmar Fuzeto, 25- Nelson Miake, 26- Antônio Carlos Custódio  
Foto de 1980, mostra parte da delegação mourãoense que participou da 24ª edição dos Jogos Abertos do Paraná, que foi realizado em Apucarana.

Tirada em nosso alojamento, a foto mostra atletas do futsal, do tênis de campo e principalmente do handebol de Campo Mourão. 

Foi minha primeira participação como atleta do futsal. Desde 1997 que atuava pelo handebol de nossa cidade. 

Fiquei com a impressão que podia ser uma confraternização das famílias Eufrásio Prates, Rodrigues e Ferreira Lima.

Não consegui identificar dois dos personagens.

27 de novembro de 2015

A campanha do bicampeonato estadual da Associação Tagliari em Guarapuava, em 1980

Chegamos a Guarapuava com a missão de manter o título de campeão, conquistado no ano anterior, 1979, em Paranavaí. Alojamo-nos numa sala do próprio ginásio de esportes onde aconteceria a competição. Uma semana inteira de competição, uma semana toda de chuva e no alojamento não havia um só canto que não gotejasse.

Valmar de Maringá, Guarapuava, AABB e Transbussadori, ambas de Londrina, e Círculo Militar de Curitiba foram nossos adversários. Éramos as seis melhores equipes paranaenses sem dúvida alguma, com destaque para o Círculo Militar que contava com um jogador da Seleção Brasileira (Didu) e com uma estrutura de causar inveja até nos dias de hoje. Contrastando com nosso precário alojamento, eles se hospedaram no melhor hotel guarapuavano.

Época de muito amadorismo, nossa equipe contava apenas com o patrocínio da própria família Tagliari e, por isso, economizávamos em tudo que podíamos. E ainda contávamos com inconvenientes (na verdade, compromissos com seus empregos) que impediam que alguns de nossos atletas participassem desde o início da competição. Apenas nos dois últimos jogos contamos com a equipe completa (Hélio Ubialli, então funcionário do Banco do Brasil e apaixonado pela modalidade, conseguiu a liberação dos jogadores em seus empregos e ainda os levou até Guarapuava). 

Um a um os adversários foram sendo derrotados!

Quatro a dois sobre a Valmar (com três gols de sem-pulo do Ione, como só ele sabia fazer!) foi o resultado da nossa estréia. 

Tagliari e AABB de Londrina, que praticamente decidiu quem enfrentaria o Círculo Militar no jogo final, foi inesquecível. Perdíamos por três a um quando o Severo Zavadaniak, um dos que o Ubialli tinha liberado, entrou e, com quatro golaços, virou o jogo para cinco a três. Onde anda o Severo? 

No jogo final contra o Círculo Militar, vitória simples de qualquer uma das equipes daria o título para a vencedora. Empatando, a AABB de Londrina seria a campeã. (Um acordo de bastidores entre londrinenses e curitibanos, com a conivência da Federação, firmou-se que em caso de empate, uma melhor de três pontos seria disputado entre eles para definir o campeão estadual).

Não demos essa chance a ele! Vencemos por dois a zero (um meu, outro do Carlão Tagliari) e conquistamos o bicampeonato e o direito de disputar a Taça Brasil de Clubes Campeões, no ano seguinte em Cuiabá, onde fizemos ótima campanha e ficamos entre os seis melhores clubes do Brasil. Isso tudo com uma estrutura amadora, patrocínio familiar, muito amor á camisa e contando apenas com atletas locais.


Silvio Cintra, David Cardoso, João Miguel Baitala, “Beline” Fuzeto, Carlão Tagliari, Luizinho Ferreira Lima, Severo Zavadaniak, Raudilei Pereira, Ione Sartor e Itamar Tagliari participaram daquela conquista. E o Hélio Ubiali e todas as nossas famílias, é claro!

A foto abaixo mostra a Associação Tagliari durante amistoso preparatório para a Taça Paraná de 1980. Nela, falta o nosso goleiro David Miguel Cardoso que participou de toda a vitoriosa campanha em Guarapuava.

Associação Tagliari - Ginasinho Jk - 1980
em pé (da esq. para a direita) Itamar Tagliari, Augustinho Vecchi, Paulo Gilmar Fuzeto, Severo Zavadaniak, Raudilei Pereira, Silvio Carvalho Cintra, João Miguel Baitala (in memorian) e Itachir Tagliari (in memorian)
agachados: Antônio Admir "Beline" Fuzeto, Luizinho Ferreira Lima, Pedro Ivo Szapak, Ione Paulo Sartor e Carlos Álvaro Tagliari


6 de fevereiro de 2015

Associação Tagliari na Taça Brasil de Clubes Campeões - 1980 no Rio Grande do Norte

Disputei a primeira Taça Brasil de Clubes Campeões em 1980, na cidade de Currais Novos, interior do Rio Grande do Norte. Infelizmente não passamos da primeira fase numa chave que classificou o Álvares Cabral do Espírito Santo e contava ainda com uma equipe da Bahia e outra da Paraíba.

Carlão Tagliari com a esposa Lori e a filha Carla
Perdemos, mas aprendemos muita coisa que acabaria nos auxiliando na conquista do bicampeonato paranaense naquele mesmo ano e na ótima classificação na Taça Brasil do ano seguinte, quando acabamos entre os seis primeiros colocados do país.

O que mais aprendi, nessa minha estréia em eventos nacionais, não foi dentro da quadra e sim fora dela.      

Lisliane, Marilda (in memorian) e Itamar Tagliari
Como chegamos com alguns dias de antecedência, acabamos conhecendo bem a pequena e simpática Currais Novos, onde éramos a atração principal por sermos do sul do país. Numa pequena lanchonete nos deliciávamos com água de coco e um saboroso doce de leite caseiro. Era sagrado, após as refeições e os treinos  lá estávamos nós, sempre puxados pelos irmãos Carlão e Itamar Tagliari, tão amantes de doce como eu.

Na estréia, o Itamar machucou o joelho, impossibilitando-o de andar. De volta ao hotel, jantamos e nos preparamos para ir saborear as delicias da lanchonete, para afogar as dores da derrota contra os capixabas, quando o Itamar pede para o Carlão trazer uma água de coco e um doce de leite porque ele ficaria se tratando no hotel. O marido da Lori Pasinato não aceita de forma alguma e insiste para que ele nos acompanhe. Com muita dor, o pai da Lisliaine, diz que é melhor descansar. O enorme joelho, inchado como nunca tinha visto, para mim era argumento suficiente para deixá-lo sozinho, mas não para o Carlão, que o carregou no colo na ida na volta da lanchonete para nosso espanto e de todos que passavam.

Sempre que conto esta passagem, brinco que se fosse comigo, além de não ter força para carregar nenhum dos meus irmãos, ainda seria capaz de esquecer de comprar as guloseimas para eles. Lógico que é apenas brincadeira. Amo meus irmãos, assim como os Tagliari se amam!

Tenho enorme respeito e admiração por todos daquela família, da mesma forma que demonstra meu pai quando conta alguma coisa do seu Itachir Tagliari e sua família. 

Associação Tagliari  
Taça Brasil de Clubes Campeões - Currais Novos (RN) - 1980
da esq. para a direita: Gilmar Fuzeto, Zé Luiz (Pancho), Beline Fuzeto, Carlão Tagliari, Álvaro "Careca", Luizinho F. Lima e Paulinho

Publicada originalmente no semanário Entre Rios, em outubro de 2005.

27 de janeiro de 2015

Coamo Futsal - Copa Tibagi 1982

Do álbum do Raudilei Pereira, foto do início dos anos 1980 mostra equipe da Coamo que disputou um dos principais campeonatos de futsal daquela época: A Copa Tibagi. 

Infelizmente esse foi o único título que futsal de Campo Mourão nunca conquistou. 'Batemos na trave' várias vezes, inclusive com esse timaço abaixo. 

Gilmar e Beline Fuzeto, Silvio Cintra, Raudilei Pereira e eu fizemos parte da equipe da Associação Tagliari que conquistou o bicampeonato da Taça Paraná de Futsal (atual Chave Ouro) nesse mesmo ano. 

Destaco a presença do londrinense Tãozinho, um dos melhores jogadores que vi jogar. Ele era chato pra dedéu, mas jogava como poucos. Cresci admirando ele ao lado de Nicola, Riba, Jadir, Tuca, Fuzil e outros defendendo as cores londrinenses. Vibrei muitas vezes assistindo confrontos entre a Associação Tagliari e o Monções, Cacique, AABB, Transbussadori e outras equipes de Londrina. Depois tive a felicidade de jogar com alguns deles. 


Coamo - Copa Tibagi - 1980
em pé (da esq. para a direita): Domingos Basso, Tãozinho, Silvio Cintra, Beline Fuzeto, Gilmar Fuzeto, Raudilei Pereira, Luizinho F. Lima e Nelson Pedroso Aires
agachados: Anísio Alves (in memorian), Amarildo Fuzeto, Cidão Vieira dos Anjos, Zé Luiz e Luiz Augusto "Gordo" Machado


3 de dezembro de 2014

A Associação Tagliari bicampeã paranaense em 1980

Associação Tagliari - Bicampeã da Taça Paraná de Futsal - 1980
em pé (da esq. para a direita): Itamar Tagliari, Augustinho Vecchi, Paulo Gilmar Fuzeto, Severo Zavadaniak, Raudilei Pereira, Silvio Carvalho Cintra, João Miguel Baitala (in memorian) e Itachir Tagliari (in memorian)
agachados: Antonio Admir "Beline" Fuzeto, Luizinho Ferreira Lima, Pedro Ivo Szapak, Ione Sartor e Carlos Alvaro Tagliari


Raudilei Pereira me enviou essa foto da Associação Tagliari que me deixou muito feliz e trouxe ótimas lembranças. Ela mostra a formação da Associação Tagliari com a qual conquistamos o bicampeonato paranaense ao vencermos a Taça Paraná de 1980 (atual Chave Ouro), que naquele ano foi disputada em Guarapuava (reveja mais abaixo um texto que publiquei no semanário Entre Rios e que conta um pouco dessa conquista).

Raudilei com a mamãe Santa
- dezembro/2013
No ano seguinte, em 1981, representamos o Paraná na Taça Brasil de Clubes Campeões, e ficamos entre os seis primeiros de todo o país disputando apenas com atletas de Campo Mourão. Raudilei foi um dos destaques na competição e lembro de termos perdidos para o Corinthians Paulista, recheado de atletas da Seleção Brasileira, apenas após o juiz elimina-lo de campo sem motivo algum. Se tivéssemos vencido aquela partida poderíamos ter terminado a competição entre os quatro melhores. Na primeira fase empatamos com time do Parque São Jorge em 3 gols, com o empate dos paulistas em gol irregular que só o bandeirinha viu. O Corinthians foi vice-campeão brasileiro aquele ano. 

Raudilei atualmente reside em Vilhena, em Rondônia, onde ganha a vida como sócio proprietário de uma distribuidora de cimentos. Ele me confidenciou que está se organizando para desfrutar a sua aposentadoria em nossa Campo Mourão.  

Fiquei feliz ao receber a foto por que sempre lamentei que não tinha nenhuma imagem daquela ótima formação da Associação Tagliari. Me parece que apenas o David Cardoso, outro goleiro da equipe, não participou dessa partida preparatória para a Taça Paraná, que foi realizada no ginasinho JK. Entre as crianças conosco na foto reconheci apenas o Flavinho e o Carlinhos Tagliari. Clique nela para ampliar.  

ASSOCIAÇÃO TAGLIARI – BICAMPEÃ PARANAENSE/1979-80
(publicada no Entre Rios, em março de 2006)

Chegamos a Guarapuava com a missão de manter o título de campeão, conquistado no ano anterior em Paranavaí. Alojamo-nos numa sala do próprio ginásio de esportes onde aconteceria a competição. Uma semana inteira de competição, uma semana toda de chuva e no alojamento não havia um só canto que não gotejasse.

Valmar de Maringá, Guarapuava, AABB e Transbussadori, ambas de Londrina, e Círculo Militar de Curitiba foram nossos adversários. Éramos as seis melhores equipes paranaenses sem dúvida alguma, com destaque para o Círculo Militar que contava com um jogador da Seleção Brasileira (Didu) e com uma estrutura de causar inveja até nos dias de hoje. Contrastando com nosso precário alojamento, eles se hospedaram no melhor hotel guarapuavano.

Época de muito amadorismo, nossa equipe contava apenas com o patrocínio da própria família Tagliari e, por isso, economizávamos em tudo que podíamos. E ainda contávamos com inconvenientes (na verdade, compromissos com seus empregos) que impediam que alguns de nossos atletas participassem desde o início da competição. Apenas nos dois últimos jogos contamos com a equipe completa (Hélio Ubialli, então funcionário do Banco do Brasil e apaixonado pela modalidade, conseguiu a liberação dos jogadores em seus empregos e ainda os levou até Guarapuava). 

Um a um os adversários foram sendo derrotados!

Quatro a dois sobre a Valmar (com três gols de sem-pulo do Ione, como só ele sabia fazer!) foi o resultado da nossa estréia. 

Tagliari e AABB de Londrina, que praticamente decidiu quem enfrentaria o Círculo Militar no jogo final, foi inesquecível. Perdíamos por três a um quando o Severo Zavadaniak, um dos que o Ubialli tinha liberado, entrou e, com quatro golaços, virou o jogo para cinco a três. Onde anda o Severo? 

No jogo final contra o Círculo Militar, vitória simples de qualquer uma das equipes daria o título para a vencedora. Empatando, a AABB de Londrina seria a campeã. (Um acordo de bastidores entre londrinenses e curitibanos, com a conivência da Federação, firmou-se que em caso de empate, uma melhor de três pontos seria disputado entre eles para definir o campeão estadual).

Não demos essa chance a ele! Vencemos por dois a zero (um meu, outro do Carlão Tagliari) e conquistamos o bicampeonato e o direito de disputar a Taça Brasil de Clubes Campeões, no ano seguinte em Cuiabá, onde fizemos ótima campanha e ficamos entre os seis melhores clubes do Brasil. Isso tudo com uma estrutura amadora, patrocínio familiar, muito amor à camisa e contando apenas com atletas locais.

Silvio Cintra, David Cardoso, João Miguel Baitala, “Beline” Fuzeto, Carlão Tagliari, Luizinho Ferreira Lima, Severo Zavadaniak, Raudilei Pereira, Ione Sartor e Itamar Tagliari participaram daquela conquista. E o Hélio Ubiali e todas as nossas famílias, é claro!

21 de novembro de 2014

"Se metidando' no torneio da Comcam

Na primeira vez que disputei um campeonato adulto de futebol de salão (futsal), pela Associação Tagliari, tive a felicidade de ser campeão paranaense.  Conquistamos, de forma invicta, a Taça Paraná (atual Chave Ouro), jogando contra as seis principais equipes do estado, em Paranavaí, em 1979. Eu era o mais novo da turma e, por isso mesmo, era protegido por todos. Jogar ao lado do Carlão Tagliari, Ione Sartor, Ivando “Rancho” Capato, Beline e Gilmar Fuzeto fazia com que as difíceis vitórias daquele campeonato não parecessem tão difíceis assim. E isso, claro, inflava ainda mais o meu ego, que não era pequeno!   

Ione Paulo Sartor e Ivando "Rancho" Capato
Já era difícil me aturar pelo simples fato de jogar pelo Tagliari, imaginem campeão paranaense, então! Amigos me diziam que eu jogava bem (confirmando o que eu também pensava! Sentiram a metidez?).

Luizinho F. Lima
Logo após nossa conquista, um torneio foi realizado em Araruna, aberto à participação de municípios da Comcam. Para quem tinha vencido a Demafra de Paranavaí, a Valmar de Maringá, o Clube dos Oficiais de Curitiba seria fácil ganhar das pequenas cidades vizinhas, assim pensei, e seria boa oportunidade para mostrar toda a minha qualidade. 

Na verdade, o evento era para mostrar ainda mais o Tagliari para região. Seria realizado de forma eliminatório para que um número maior de equipes enfrentasse-nos.

Carlão e Itamar Tagliari e Paulo Gilmar Fuzeto
Na quadra descoberta do único Clube de Araruna enfrentaríamos, na estréia, o time de Quinta do Sol. Quando entro no vestiário, mais metido que ganso novo, observo que alguns adversários usam tênis inapropriados para o futsal e, absurdo e engraçado, amarram o cadarço na canela.

Lógico que não gozei deles, mas no nosso vestiário não parava de ironizá-los. 

A torcida, que se espremia em volta da quadra, era toda para o adversário, que de cara abriram o placar. Com muito esforço, empatamos. Eles desempataram, nós empatamos. E foi assim até o final do jogo. Eles passavam na frente – sempre com gol daqueles que amarravam o cadarço na canela – e nós sofríamos para empatar. No final, vitória deles, por quatro a três, para delírio da maioria. 

Nunca mais julguei ninguém pela maneira de se trajar.

No final daquele ano, 1980, nos sagramos bicampeões paranaenses invictos.

[publicada originalmente no semanário Entre Rios, em outubro de 2005]

3 de novembro de 2014

Aceito ou não o presente de volta?

Na semana passada, brinquei aqui no Baú que ia pedir ao Carlinhos Ribas a devolução da camisa com a qual disputei a final da Taça Paraná de Futsal de 1980 pela Associação Tagliari. Eu o presentei logo após conquistarmos o bicampeonato estadual em Guarapuava. 


Pois não é que o danado quer me devolver o presente! e ainda postou no Facebook a foto da camisa com a qual marquei um gol na decisão. Estou tentado a receber o presente de volta. O que acham?

Para relembrar, republico abaixo a matéria postada originalmente no semanário mourãoense Entre Rios em março de 2006.   


Associação Tagliari: 1980 Bicampeã da Taça Paraná de Futsal (Chave Ouro)

A vitória da ADAP no último sábado sobre o Atlético Paranaense me fez recordar e achar algumas semelhanças com a conquista do bicampeonato paranaense que a Associação Tagliari conquistou em 1980. 

Espero com essa resenha mostrar que uma equipe unida e bem orientada pode vencer equipes mais fortes e melhores estruturadas financeiramente.

Chegamos a Guarapuava com a missão de manter o título de campeão, conquistado no ano anterior em Paranavaí. Alojamo-nos numa sala do próprio ginásio de esportes onde aconteceria a competição. Uma semana inteira de competição, uma semana toda de chuva e no alojamento não havia um só canto que não gotejasse.

Valmar de Maringá, Guarapuava, AABB e Transbussadori, ambas de Londrina, e Círculo Militar de Curitiba foram nossos adversários. Éramos as seis melhores equipes paranaenses sem dúvida alguma, com destaque para o Círculo Militar que contava com um jogador da Seleção Brasileira (Didu) e com uma estrutura de causar inveja até nos dias de hoje. Contrastando com nosso precário alojamento, eles se hospedaram no melhor hotel guarapuavano.

Época de muito amadorismo, nossa equipe contava apenas com o patrocínio da própria família Tagliari e, por isso, economizávamos em tudo que podíamos. E ainda contávamos com inconvenientes (na verdade, compromissos com seus empregos) que impediam que alguns de nossos atletas participassem desde o início da competição. Apenas nos dois últimos jogos contamos com a equipe completa (Hélio Ubialli, então funcionário do Banco do Brasil e apaixonado pela modalidade, conseguiu a liberação dos jogadores em seus empregos e ainda os levou até Guarapuava). 
Um a um os adversários foram sendo derrotados!

Quatro a dois sobre a Valmar (com três gols de sem-pulo do Ione, como só ele sabia fazer!) foi o resultado da nossa estréia. 

Tagliari e AABB de Londrina, que praticamente decidiu quem enfrentaria o Círculo Militar no jogo final, foi inesquecível. Perdíamos por três a um quando o Severo Zavadaniak, um dos que o Ubialli tinha liberado, entrou e, com quatro golaços, virou o jogo para cinco a três. Onde anda o Severo? 

No jogo final contra o Círculo Militar, vitória simples de qualquer uma das equipes daria o título para a vencedora. Empatando, a AABB de Londrina seria a campeã. (Um acordo de bastidores entre londrinenses e curitibanos, com a conivência da Federação, firmou-se que em caso de empate, uma melhor de três pontos seria disputado entre eles para definir o campeão estadual).

Não demos essa chance a eles! Vencemos por dois a zero (um meu, outro do Carlão Tagliari) e conquistamos o bicampeonato e o direito de disputar a Taça Brasil de Clubes Campeões, no ano seguinte em Cuiabá, onde fizemos ótima campanha e ficamos entre os seis melhores clubes do Brasil. Isso tudo com uma estrutura amadora, patrocínio familiar, muito amor à camisa e contando apenas com atletas locais.

Silvio Cintra, David Cardoso, João Miguel Baitala (in memorian), “Beline” Fuzeto, Carlão Tagliari, Luizinho Ferreira Lima, Severo Zavadaniak, Raudilei Pereira, Ione Sartor e Itamar Tagliari participaram daquela conquista. E o Hélio Ubiali e todas as nossas famílias, é claro!

9 de agosto de 2013

Associação Tagliari na Taça Brasil de Clubes Campeões (1980, no RN)

Os irmãos Tagliari: Luizinho, Itamar e Carlão
Disputei a primeira Taça Brasil de Clubes Campeões em 1980, na cidade de Currais Novos, interior do Rio Grande do Norte. Infelizmente não passamos da primeira fase numa chave que classificou o Álvares Cabral do Espírito Santo e contava ainda com uma equipe da Bahia e outra da Paraíba.
 
Perdemos, mas aprendemos muita coisa que acabaria nos auxiliando na conquista do bicampeonato paranaense naquele mesmo ano e na ótima classificação na Taça Brasil do ano seguinte, quando acabamos entre os seis primeiros colocados do país.
 
O que mais aprendi, nessa minha estreia em eventos nacionais, não foi dentro da quadra e sim fora dela.     
 
Como chegamos com alguns dias de antecedência, acabamos conhecendo bem a pequena e simpática Currais Novos, onde éramos atração principalmente por sermos do sul. Numa pequena lanchonete nos deliciávamos com água de coco e um saboroso doce de leite caseiro. Era sagrado, após as refeições e os treinos, lá estávamos nós, sempre puxados pelos irmãos Carlão e Itamar Tagliari, tão amantes de doces como eu.
 

(da esq. para a direita) Gilmar Fuzeto, Zé Luiz "Pancho", Beline Fuzeto, Carlão Tagliari, Álvaro "Careca", Luizinho Ferreira Lima e Paulino - Currais Novos/RN - 1980
Na estréia na competição, o Itamar machucou o joelho impossibilitando-o de andar. De volta ao hotel, jantamos e nos preparamos para ir saborear as delicias da lanchonete, para afogar as dores da derrota contra os capixabas, quando o Itamar pede para o Carlão trazer uma água de coco e um doce de leite porque ele ficaria se tratando no hotel. Carlão não aceita de forma alguma e insiste para que ele nos acompanhe. Com muita dor, o Itamar, diz que é melhor descansar. O enorme joelho, inchado como nunca tinha visto, para mim era argumento suficiente para deixá-lo sozinho, mas não para o Carlão, que o carregou no colo na ida na volta da lanchonete para nosso espanto e de todos que passavam.
 
Sempre que conto esta passagem, brinco que se fosse comigo, além de não ter força para carregar nenhum dos meus irmãos, ainda seria capaz de esquecer de comprar as guloseimas para eles. Lógico que é apenas brincadeira. Amo meus irmãos, assim como os Tagliari se amam!
 
Tenho enorme respeito e admiração por todos daquela família, da mesma forma que demonstra meu pai quando conta alguma coisa do seu Itacir Tagliari e sua família.

(Publicada no Semanário Entre Rios, em 29/10/2005)

25 de abril de 2013

Handebol mourãoense: amistoso em Guarapuava 1980

em pé (da esq. para a direita): Luizinho F. Lima, Sônia E. Prates, Lenamar Fiorese, Nair Mayume Tanaka, Silvana Casali, Ana E. Prates e Marcia Tomadon
agachadas: Aida Sartor, Sandra Montemezzo, Marilei 'Nonô' Zanini, Sueli, Rosemi Tomadon, Neiva E. Prates, Rosângela e Silvia Cavalcante
Getulinho Ferrari abriu seu baú e me enviou álbum com fotos de amistoso que o handebol mourãoense realizou em Guarapuava, em 1980.

em pé (da esq. para a direita): Luizinho F. Lima, Neucir José da Silva (in memorian), Walmir F. Lima, Ricardo Kosuzi, Ubirajara Rodrigues, Ubiraci Rodrigues, Luiz Carlos E. Prates e Walcir Ferreira Lima
agachados: Antonio Carlos Custódio, Nelson Miake, Getulio Ferrari Júnior, Adilson Pagan, Wander Ferreira Lima e Roberto Tonet 

Ex-atleta da modalidade, eu virei treinador das seleções masculina e feminina de Campo Mourão mesmo não tendo o menor preparo e vocação para o cargo. Como era cercado de amigos, pelos quais tenho carinho até hoje, guardo ótima lembranças dessa época. Não a toa, o handebol é modalidade esportiva que mais gosto, mais aindo do que o futebol e futsal que tanto pratiquei.

(da esq. para a direita) Adilson Pagan, Walmir F. Lima, Ricardo Kosuzi, Luiz Carlos Eufrásio Prates, Ubirajara Rodrigues, Neucir José da Silva (in memorian), Wander F. Lima, Walcir 'Dula' Ferreira Lima (no meio), Márcio Miake, Antonio Carlos Custódio, Ubiraci Rodrigues, Jonas Rodrigues e Roberto Tonet
Segundo o Getulinho, atual Secretário de Esportes da cidade, esses jogos foram realizados combinado com o nosso ex-goleiro João Barbosa, que tinha se mudado para lá e defendia as cores guarapuavana. Clique nas imagens para ampliar.

João Barbosa

3 de setembro de 2012

Fernando, Marcelo, Bia, Dayse e Elvira - C. Mourão 1980

Os primeiros a casar de nossa turma, Elvira e Eu vivíamos recebendo visita de amigos no pequeno apartamento que moramos nos primeiros meses de casamento.

O apartamento ficava em cima de um campo de Bocha, propriedade do seu Pedro Grandis, já falecido, bem em frente do Hotel Piacentini, em Campo Mourão. Sarah, nossa primeira filha, nasceu quando ainda estávamos morando ali. A coitadinha dava pulo no berço cada vez que a bola de bocha batia nas paredes do campo. Logo mudamos para uma casinha na esquina do Colégio Marechal Rondon e, ainda por meses, a Sarah pulava no berço como se as bochas continuassem batendo nos ouvidinhos dela. O apartamento devia ter uns dez metros quadrados de tão pequeno, mas estava sempre muito bem arrumado pela Elvira e dava para receber bem os amigos.  

Na foto, de setembro de 1980, aparecem nossos amigos Marcelo Silveira e Fernando Dlugosz acompanhados, respectivamente pelas namoradas Dayse Dezan e Maria Beatriz "Bia" da Silva e a 'minha' Elvira nos últimos dias antes da chegada da Sarah, que nasceu num 17 de setembro. 

Fernando é ofalmologista, Marcelo é engenheiro civil, Bia também é médica e a Dayse advogada. Pena que não nos encontremos mais com a mesma frequência daqueles anos, mas são amigos que moram para sempre em nossa memória e, claro, coração. Clique na imagem para ampliar.  

Fernando Dlugosz e Bia mais atrás, Marcelo e Dayse à frente e a Elvira mais à direita. Campo Mourão/1980

13 de agosto de 2012

Madeireira Lençone - 1980

Fui raspar a cabeça -- faz muito tempo que não corto mais o cabelo, apenas raspo os últimos teimosos!-- com meu amigo Paulo "Nico" Vieira dos Anjos, e ele me forneceu essa foto que mostra o time da Madeireira Lençone, participou de um torneio no campo do Campobrindes. 

Isso lá em 1980, quando o Ari ainda era chaveiro, o Jair trabalhava na madeireira da família dele, o Nico, sei lá, devia estar começando a trabalhar na Coamo, o Osvaldinho morava na cidade e desfilava sua categoria com sua canhotinha mortal, o Juvenal não era vereador e o falecido Gerson também mostrava sua categoria defendendo o DER e a Mourãoense. Lembro também do Rangel defendendo as cores da seleção mourãoense de futebol e que os manos Joel e Jairo não foram profissionais do futebol por que não 'correram atrás'.

Jair Lençone, companheiro de longa data, professor de educação física e agora funcionário da Paraná Esporte, é aquele que de tão fanático pelo Palmeiras passou mal após uma derrota do Verdão e foi parar no hospital e ao retornar para casa teve que aguentar a esposa queimar tudo que ele tinha do Alviverde em casa -- de poster a camisa, foi tudo pro fogo--. "Não quero saber de ninguém ficando doente por causa de time de futebol e eu sou muito nova para ficar viúva", deve ter dito a senhora Lençone. Como são sábias as mulheres! Depois disso o Palmeiras piorou cada vez mais e, graças a ela, o maridão está forte e rijo. Clique na imagem para ampliar.


Madeireira Lençone - 1980
em pé (da esq. para a direita): Coxinha, Evaldo de Lima, Ari Chaveiro, Jair Lençone, Rangel, Paulo "Nico" Vieira dos Anjos, Jairo "Gaúcho" e Sérgio (in memorian)
agachados: Osvaldinho de Oliveira, Zé Hélio "Da Guia" Stanziola, Joel "Gaúcho", Juvenal Vieira e Gerson (in memorian)

7 de fevereiro de 2012

A. Tagliari no Rio Grande do Norte

Esta é a Associação Tagliari que disputou a Taça Brasil de Clubes Campeões de Futsal, 1980, em Currais Novos, no Rio Grande do Norte. 

Numa chave com mais três equipes (Bahia, Espírito Santo e Paraíba), não nos classificamos para a fase final, disputada em Natal. 

Disputamos a Taça com oito jogadores apenas. Ione Sartor e Ivando “Rancho” Capato, dois dos nossos principais jogadores, não puderam participar por causa de seus compromissos profissionais. Itamar Tagliari, na época jogador e treinador, foi o autor da foto. 

Naquele mesmo ano, em Guarapuava, nos sagramos bicampeões paranaenses invictos.


(da esq. para a direita): Paulo Gilmar Fuzeto, Zé Luiz "Pancho", Antonio Admir "Beline" Fuzeto, Carlos Alvaro Tagliari, Álvaro "Careca", Luizinho Ferreira Lima e Paulino

Disputei a primeira Taça Brasil de Clubes Campeões em 1980, na cidade de Currais Novos, interior do Rio Grande do Norte. Infelizmente não passamos da primeira fase numa chave que classificou o Álvares Cabral do Espírito Santo e contava ainda com uma equipe da Bahia e outra da Paraíba.

Perdemos, mas aprendemos muita coisa que acabaria nos auxiliando na conquista do bicampeonato paranaense naquele mesmo ano e na ótima classificação na Taça Brasil do ano seguinte, quando acabamos entre os seis primeiros colocados do país.

O que mais aprendi, nessa minha estréia em eventos nacionais, não foi dentro da quadra e sim fora dela.     

Como chegamos com alguns dias de antecedência, acabamos conhecendo bem a pequena e simpática Currais Novos, onde éramos atração principalmente por sermos do sul.

Numa pequena lanchonete nos deliciávamos com água de coco e um saboroso doce de leite caseiro. Era sagrado, após as refeições e os treinos lá estávamos nós, sempre puxados pelos irmãos Carlão e Itamar Tagliari, tão amantes de doce como eu.

Na estréia, o Itamar machucou o joelho, impossibilitando-o de andar. De volta ao hotel, jantamos e nos preparamos para ir saborear as delicias da lanchonete, para afogar as dores da derrota contra os capixabas, quando o Itamar pede para o Carlão trazer uma água de coco e um doce de leite porque ele ficaria se tratando no hotel. Carlão não aceita de forma alguma e insiste para que ele nos acompanhe. Com muita dor, o Itamar diz que é melhor descansar. O enorme joelho, inchado como nunca tinha visto, para mim era argumento suficiente para deixá-lo sozinho, mas não para o Carlão, que o carregou no colo na ida e na volta da lanchonete, para nosso espanto e de todos que passavam.

Sempre que conto esta passagem, brinco, exagerando, que se fosse comigo, além de não ter força para carregar nenhum dos meus irmãos, ainda seria capaz de esquecer de comprar as guloseimas para eles. Lógico que é apenas brincadeira. Amo meus irmãos, assim como os Tagliari se amam!

Tenho enorme respeito e admiração por todos daquela família, da mesma forma que demonstra meu pai quando conta alguma coisa do seu Itacir Tagliari e sua família.